Início do percurso: junto à capela de Nossa Senhora da Anunciação, em Vale de Amoreira.
A Rota de Vale de Amoreira é fortemente marcada pela influência humana, permitindo aos caminheiros explorar o património natural, cultural e paisagístico da freguesia.
A sua paisagem caracteriza-se por uma grande variedade de mosaicos entrecortados por bosquetes, lameiros, manchas de vegetação arbustiva, caminhos, muros, construções em xisto, pequenos ribeiros, socalcos e florestas de resinosas.
No património humanizado é possível observar ruas estreitas, ladeadas por casas típicas, e estabelecer contacto com a cultura histórico-religiosa da população local, designadamente com a visita à Capela de Nossa Senhora da Anunciação, padroeira da freguesia, do início do séc. XIV.
A maior altitude, a Rota de Vale de Amoreira revela belíssimas panorâmicas sobre a paisagem humanizada rural, com uma vista sobre densas florestas e terrenos de produção agrícola localizados no flanco da encosta – Quintas do Vale.
A extraordinária diversidade cromática e morfológica do percurso é conferida, entre outros factores, pela variedade da vegetação. Merece especial destaque o povoamento de pinheiro bravo que surge, na região, como a exploração silvícola por excelência, suportando as mais diversas condições climáticas e pedológicas.
Consequência da influência humana presente ao longo do trilho, surgem olivais, vinhedos, milheirais e os prados de azevém, com eles alternantes.
Estas áreas florestais, juntamente com matos e linhas de água, proporcionam diversidade florísrica e faunística, podendo-se observar espécies como morcego-de-ferradura-pequeno e o morcego-de-ferradura-grande que enfrentam risco de extinção elevado. Neste percurso estão ainda presentes o tartaranhão-caçador, o coelho bravo, o corvo, o mocho-de-orelhas e o toirão, entre outros.